"Continuo a mesma Cora de sempre, prefiro ser considerada rude, irônica, a viver com máscaras"

Coragoiana

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Minha turma nota 10 da 4ª série/2009



Visita a Aldeia Tripá - Socialização, Integração e Respeito a cultura e ao povo Indígena


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

DIVULGAÇÃO

Vem aí...
Na Escola Municipal Cristalino
Gincana da Liberdade!
Recado da equipe Maluco Beleza

Provas abertas a partir de 11/09
Recado da equipe Maluco Beleza
Líder- Luan (Chocolate)
Vice-líder- Mikaelly
Cor- Rosa

GRITO DE GUERRA
Cuidado maluco, a equipe rosa vem aí
Sem preconceito
Brincar é nosso jeito
De te fazer sorrir!

LIBERDADE E OS DIREITOS HUMANO

A sociedade em que vivemos
OPINIÃO *Coraci Machado Araújo

Hoje em dia, nos é negado o direito de conviver em família, porque vivemos correndo atrás do sustento de nossos filhos, porque somos explorados pela classe dominante, porque nos é negado o direito à casa própria, à terra, à universidade pública, a manifestação política, à justiça, enfim a vida digna. E cadê, as garantias dos Direitos Humanos? Cadê, nossa liberdade?
Nos bairros da periferia a polícia bate, esfola, desrespeita às famílias chamando as de irresponsáveis e desocupadas pelas falhas dos filhos, enquanto que nos bairros centrais a segurança é feita diferente, de forma realmente segura. Os filhinhos de papai (às vezes nem é “papai”, é só fachada) podem fazer racha, usar maconha, ouvir música no último volume, envolver se em brigas, espancamentos e roubos, que o mais grave que poderá acontecer é os policias colocá-los na viatura e entregá-los, com segurança, aos privilegiados pais. Nossos adolescentes (população de baixa renda) têm seus dias vazios, porque não têm ocupação em casa, também não têm roupas, calçado, material escolar, uniforme e, muitas vezes nem mesmo comida na mesa, desesperados e sem a presença dos pais, que saem cedo e só voltam à noite, muitos deles enveredam pelos caminhos da prostituição, do tráfico e do roubo...
Os pais por sua vez, cansados da exploração dos baixíssimos salários ou o desemprego, procuram o recurso das invasões de terra. E lá, são mais uma vez desrespeitados quando lhes é negado o direito a propriedade, ou seja, plantar, colher e comer...E cadê as garantias dos Direitos Humanos, da livre expressão, de ir e vir, de votar e ser votado, bem como os direitos sociais de educação, habitação, trabalho e saúde, até certo ponto conquistados, porém, sem oportunidade a todos? Quantas pessoas sequer sabem da existência dos direitos humanos? E por que não sabem? Porque não tiveram oportunidade de ter o mínimo de instrução garantida nos Direitos Humanos pelo menos nos graus elementares”. À criança que passa fome foi negado o direito a bolsa família ou mesmo de emprego aos pais, porque um “espertinho” teve seu cadastro aprovado através de mentiras. O abandono escolar, a repetência e a distorção idade/série também são formas de controle, através do censo, da frequência escolar, mas nossas crianças e adolescentes continuam fora da escola e poder público pouco faz.
O movimento para a liberdade, deve surgir partir dos próprios oprimidos, e a pedagogia decorrente será conforme Paulo Freire aquela que tem que ser forjada e não enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade". Vê-se que não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas, que se disponha a transformar essa realidade; trata-se de um trabalho de conscientização e politização.
Portanto, precisamos lutar por ações afirmativas que oportunizem igualdade de direitos. As metas dos Direitos Humanos precisam fazer parte do dia a dia escolar. Quem sabe, não aprendemos exercer nossos direitos
É animador e esperançoso pensar nossa luta como Milton Nascimento e Fernando Brant

Quero a utopia e quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ter amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor, Brasil
Se o poeta é que sonha o que vai ser real
Vou sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal...










EM DEFESA DO PISO DE 1.132,40, REPRESENTANTES DE ÁGUA BOA PARTICIPAM DA MARCHA EM CUIABÁ



Os trabalhadores da educação Profs: Silvia Bortolin. Noeli Capitanio, Laís Lopes, Coraci Machado, Madalena e Dhayanne Themóteo, Marcelo Godoy, Luiz Gonzaga, Alisson, Genilson de Oliveira e Valdinei Santana, representantes da categoria de Água Boa participaram nesta quarta-feira (16), da paralisação estadual e marcha dos trabalhadores. A manifestação é em defesa da qualidade na aprendizagem com promoção profissional.
Na pauta de reivindicações, constam a implementação do piso de R$ 1.132; hora-atividade para professores interinos; aplicação de 60% dos recursos em Educação, inclusive o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF); e Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) único...
Sob o sol escaldante de mais de 40 graus, cerca três mil trabalhadores da educação marcharam em Cuiabá. Os trabalhadores se reuniram em dois pontos da cidade, no Museu do Rio, no Porto, e na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), de onde seguiram para o Palácio Alencastro.


A paralisação foi realizada em todo o Brasil, embasada na reivindicação da implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, o ato manifesta o descontentamento da categoria com o Poder Público. "É inaceitável que o governo do Estado e os prefeitos não consigam colocar em prática a Lei do Piso", afirmou, referindo-se à Lei 11.738/2008.
Na Praça Alencastro, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso,
Viana, recorreu à poesia para reforçar o que todos trabalhadores da educação sentiam e compartilhavam da mesma opinião: “o poeta já dizia: a praça é do povo, o céu é do avião e ‘para nós’ esta praça foi e sempre será da educação
Do movimento fica a boniteza de ver todos os profissionais envolvidos na realização da marcha, caminhando apressados de um lado para o outro na organização do evento. O empenho voluntário demonstra a força e a coragem da categoria em prol de um único ideal: o respeito e a valorização dos trabalhadores da educação. Fica também a certeza de que a categoria precisa se unir cada dia mais, para melhoria da qualidade de vida da nossa ou de qualquer classe. Pois, sabemos que, historicamente, tudo que conseguimos foi com as lutas dos movimentos sociais, independente, desta ou daquela classe de trabalhadores.

Para nós, o movimento social alimenta e revigora, nos tornando mais fortes, mais unidos e certos de que compartilhamos dos meus ideais. Ao observar tantos profissionais envolvidos na labuta percebemos que não estamos ilhados e que, felizmente, tem muita gente que não dorme no “berço esplêndido.”

Homenagem a miscigenação e respeito a diversidadede cultural do povo de Água Boa

Autoria: Coraci Machado Araújo




Mistura Cultural


* Por Coraci Machado Araújo


Água Boa é nossa
Nos acolheu nesta comunidade
Aqui vive o povo da roça
Unido ao povo da cidade!


Paulistas, gaúchos, mineiros e goianos
Aqui tudo é igual
E nesses 30 anos
Produziram nossa riqueza cultural!


Forró, rasqueado e vanerão
São nossos ritmos miscigenados
Que dos gaúchos balança o coração
E os faz apaixonados
Provoca os mato-grossenses
E deixa os goianos afogueados!


Na cultura aguaboense todos são bem-vindos
Da cordialidade dos paulistas
À alegria baiana
A sinceridade de um menino
À cultura cuiabana!


Uma roda de capoeira
Todo mundo aprecia
Passou do povo nordestino a cultura brasileira
Dos escravos o destino, o gingado e a alegria!


Nos eventos culturais
O povo balança o chão aguaboense
Fazem das praças seus quintais
E sua casa, o solo mato-grossense!


Na música sertaneja
No rasqueado cuiabano
Na dança gauchesca
Ou no forró lá de Goiás
A paixão é verdadeira
O povo dança a noite inteira
E sempre quer mais!


Nossa mistura cultural
Fechou como uma luva com as regiões frias
Aclimatando nosso verão tropical
Com chimarrão, café, carnaval e folia!


Assim os bailes são mais quentes
Os namoros mais apressados
O povo vive contente
E os casais apaixonados!


Água Boa é a cidade anfitriã
Dos artistas da terra
Tem a força de um talismã
Adicionada a paz, nunca a guerra!


Quem vem não quer voltar
Quem vai sente saudades
Quem nunca veio quer se achegar
No coração desta cidade!


*Coraci Machado Araújo é Professora -Pedagoga/Especialização em Gestão Escolar e é articulista do portal Água Boa News
Tributo a Paulo Freire

Para ele educar era a partir da realidade
Ele alfabetizou com o método das famílias
Com histórias de verdade
Na construção de Brasília!

Sua experiência como educador
Balançou o país inteiro
Na pequena Angicos
Em 45 dias alfabetizou
300 brasileiros!

Sua pedagogia libertadora
Criticava a opressão
Pois, cada palavra geradora
Era um alerta à conscientização!
Ao ensinar os operários
Falava de liberdade...
À política do governo não agradou
E devido a seus métodos contrários
A Paulo Freire exilou!

Durante o período que esteve exilado
Foi educador internacional
Com seu jeito determinado
Ensinou:
No Chile, Cabo verde, Angola e Guiné-Bissau
E ainda em São Tomé e América Central !

A economia internacional era beneficiada...
...Foi a era dos privilégios internacionais.
O mercado brasileiro ameaçou parar
Provocando os protestos sociais
E a repressão militar !

Paulo Freire nos deixou durante a ditadura militar.
Não respeitaram os direitos humanos
Mas ele voltou para ficar
Depois de catorze anos !

Foram mais fortes os movimentos populares
Que na dor, traziam alegrias
Derrotando os militares
Com as Diretas Já e a Anistia

Devolvendo ao Brasil quem aqui nos deixou de coração partido
Paulo Freire, Caetano, Gilberto Gil...
Que daqui jamais deveriam ter saído!

E quando Roberto Carlos cantou: ”Um dia na areia branca, seus pés irão tocar...”
O Brasil inteiro chorou...
De alegria, ao ver nosso povo voltar...

O Brasil exilava seus talentos
Machucava, maltratava, sem nenhuma consideração
Não valorizava o que estava perdendo.
Será que sentimos somente saudades na ditadura militar?
Não. Perdemos um tempo espetacular
De transformar, aperfeiçoar a alfabetização
Que hoje poderia ser o caminho da educação.

Em 1997, Paulo Freire fez sua última partida
E deixou uma bela herança
Uma lição de vida
A “Pedagogia da Esperança”
Um caminho a ser seguido
Um encontro com a “Pedagogia do Oprimido”

Agora Paulo Freire já não é uma ameaçada a segurança nacional
Mas também não está mais conosco
Todavia, vamos fazer o seu sonho ser real
Realizando a última vontade desse moço
Fazendo valer a Constituição Cidadã
Educando para a vida
“Im memorian”
Preparando o cidadão de amanhã
Pra fazer valer a sua, a nossa história !

Coraci Machado Araújo – nov. de 2000
Pais, Filhos e Professores X rendimento escolar

“A própria relação entre as pessoas é que promove o crescimento de cada uma, ou seja, o ato educativo é essencialmente relacional e não individual.” Carl Rogers

A pouca participação dos pais na educação dos filhos tem inúmeros motivos, porém, o destaque fica com a mulher como esteio do lar, pois ao procurar o melhor para sua família a mulher se jogou no mercado de trabalho e, essa procura a distanciou de seu papel principal, ou seja, cuidar e educar os filhos. Essa alteração do esquema tradicional da vida familiar provocou uma situação de entrega à escola responsabilidades sócio/educativas que originariamente não lhe pertenciam O processo fundamental da transmissão de costumes, tradições e valores entre gerações foi deixado em último plano. A ausência da mulher, somada a do parceiro, deixou os filhos sozinhos, em casa. Isso resultou em uma total desinformação sobre a vida escolar dos filhos.
E o que pior, não só escolar, mas também do cotidiano dos filhos. No período que não estão na escola, em se tratando de população de baixa renda, a grande maioria dessas crianças ficam na rua e é daí que surgem os conflitos familiares que em casa, refletem no relacionamento de pais e filhos e, na escola, na aprendizagem dos alunos.
Pais e filhos não têm oportunidade de conviver, por isso, o diálogo é pouco, e muitas vezes não se entendem. Outro fator que atrapalha é a pouca escolaridade dos pais, que frente às novidades do mundo virtual dos filhos, os impede de terem um perfeito entendimento e alguns casos funcionam como uma muralha nesse processo de aproximação afetiva. Temos que considerar ainda a evolução educacional através dos tempos. Muitas vezes os pais não sabem nem como abordar o professor para fazer perguntas sobre a aprendizagem dos filhos. Apesar de nós, docentes, considerarmos que a educação evoluiu pouco, para quem está de fora, ou seja, sob outros olhares, muita coisa mudou, especialmente, currículo, metodologia e questões disciplinares (comportamento). Portanto, a maioria desses pais não consegue ajudar, porque não têm tempo e tampouco têm o conhecimento necessário para acompanhar o processo de aprendizagem de seus filhos.
Assim, a soma da preocupação necessária com o trabalho mais a pouca ou quase nenhuma escolaridade afastam os pais da escola. E alguns pais participam pouco porque na maioria das reuniões só ouvem reclamação da vida escolar dos filhos.
Nesse contexto, nós docentes, precisamos compreender os pais e ensiná-los, orientá-los a participar da vida escolar de seus filhos. Obviamente, que a pouca escolaridade não impede a participação dos pais, já que não precisam, por exemplo, tirar dúvidas em questões que não estudaram, sem que isso lhes cause qualquer constrangimento. Além disso, a formação ética não demanda cultura, mas caráter. E nessa função ninguém tem mais força e importância do que pai e mãe.
Os pais precisam perceber, e nós, docentes, volto a repetir, temos papel fundamental nesse processo, - que seus filhos querem pais participativos e admiradores de seus rendimentos escolares.
À medida que percebem que os pais acompanham o trabalho da escola e, além disso, supervisionam e acompanham seus estudos, o cumprimento de tarefas e também seus progressos e dificuldades, os filhos começam a compreender a importância que o saber – e a escola é o veículo primeiro desse saber – tem para seu futuro, na atual sociedade contemporânea, atarefada pelo capitalismo selvagem. E que nesse mercado competitivo sobra pouco tempo para a família, para o lazer, para dedicar-se aos laços de afetos e sentimentos, à transmissão de valores, enfim a valorização do ser humano.

Conversando com Deus

Ciclo da Vida
Uma história que passa e outra que vem...
Uma vida que parte e outra que chega...
Uma velha árvore que cai e outra que nasce...
Um amor que acaba e outro que se inicia...
Uma linda flor que murcha e outra que floresce...
Uma saudade que chega ao fim e outra que começa...
E eu, todos os dias observando, nessas repetições o ciclo da vida.
Às vezes tão natural! Outras vezes interrompido pelos chamados de Deus. E assim vou me perguntando, qual será o próximo acontecimento? O que estará anotado na agenda de Deus, Nosso Senhor? Incredulamente vou tentando admitir em meus pensamentos a frase “Que seja feita a Vossa vontade”. Mas é tão difícil aceitar esta frase. Porque ao aceitá-la estou afirmando para ao Senhor que se ele levar as pessoas que eu amo eu vou compreender. E isso não é verdade. Tenho que ter coragem para falar com a boca e na escrita o que todos os dias ao rezar ao Pai Nosso, - admito- pulo esse pedaço. Para não dizer a Deus, meu Pai Celestial, que permitirei que ele leve as pessoas que eu amo. Sei que nada posso fazer, se meu Senhor quiser levá-los, mas ele saberá que levou contra a minha vontade e que todas as vezes que rezo o Pai Nosso, eu digo: Que seja feita a vossa vontade sobre todos os aspectos – posso perder tudo- recomeço das cinzas, mas não os leve, não conformarei se perdê-los para o Senhor. Blasfêmia ??? Talvez. Mas é o que eu sinto.
Como será o amanhã??? Responda quem puder...
Como canta a Simone.
Profª Coraci Machado

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Inclusão de Fato

Jovem surda é cursista do Magistério

Wuiuslanne, 20 anos , reside em Água Boa e é Técnica de Desenvolvimento Infantil na Escola Municipal Cristalino. Concluiu o Ensino Médio Propedêutico na Escola Estadual Antonio Grohs e atualmente está cursando o Magistério – Proinfantil/MEC, no Pólo de Barra do Garças. Paralela a sua formação na Educação Básica ela foi aprendendo, outro idioma, a Língua de Sinais. Que lhe é essencial para comunicar-se com o mundo. De acordo com o artigo 13 da Constituição Federal Brasileira, no capítulo sobre a nacionalidade, diz-se: "A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil". Há também a LIBRAS, que é a língua oficial de sinais – o que garante a inclusão da LIBRAS, nos sistemas educacionais do Brasil. Em Dezembro de 2005, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o decreto que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais, LIBRAS, assim a LIBRAS não pode ser mais chamada de uma simples linguagem, possuindo uma gramática completa, ela é uma Língua Oficial usada pelos surdos.
Dessa forma,, com a ajuda de alguns excelentes professores, com a ajuda e persistência de sua mãe e, especialmente, com sua vontade de ser igual aos outros, ela foi melhorando sua educação formal. O seu passatempo preferido é desenhar. É autodidata. O que sabe sobre ampliação, criação e pintura aprendeu por paixão.
Talvez devido ao mundo silencioso em que vivem, os surdos tem mais aguçada a competência da observação. Dessa forma, ela foi desenvolvendo suas habilidades artísticas. O que realmente impressiona é que ela cria seus desenhos no contexto ao qual ela está inserida. Exemplo disso são os seus atuais desenhos. A jovem trabalha com Educação Infantil, modalidade Creche, faixa etária de 2 e 3 anos e, para ensinar conteúdos básicos como: Boas Maneiras, Meio Ambiente, Higiene e Saúde, ela desenhou nas paredes de sua sala de aula.
Ao ser interrogada sobre seus dotes de pintora ela explica que ama pintar e, quer se profissionalizar. Portanto, se você professora tiver vontade de fazer Arte em sua sala o contato é: laine-07-futsal@hotmail.com
Com relação à educação do surdo, devemos ter a clareza de que integração escolar e integração social não podem ser tidas como sinônimos, pois ir à escola com os demais não significa ser como os demais. Uma efetiva integração escolar depende de como cada escola aceita e trabalha com as diferenças. Para o surdo ser efetivamente incluído na classe com os ouvintes, ele necessita aprender a língua de sinais. E não só ele, mas também as pessoas as quais fazem parte de seu processo de aprendizagem. Esse aspecto da aquisição do conhecimento do surdo é extremamente importante, pois, na escola inclusiva, se o professor e os colegas não dominarem a língua de sinais, o surdo fica fora dos debates, das decisões e da integração com os colegas nos momentos de brincadeira que fazem parte do aprender.
O objetivo é comum: o de construir um conhecimento capaz de transformar uma realidade, operando mudanças de forma efetiva considerando as diferenças e as individualidades. Parafraseando Paulo Freire, eu diria a nós, como educadores e educadoras: ai daqueles e daquelas, entre nós, que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar. Ai daqueles e daquelas que, em lugar de visitar de vez enquanto o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o agora, ai daqueles que em lugar desta viagem constante ao amanhã, se atrelem a um passado de exploração e de rotina. Temos dois caminhos a seguir: ou saímos da rotina como sugere Freire e buscamos inovar a prática pedagógica diante da inclusão, ou ficamos discutindo que a mesma não é viável, jogando a culpa no sistema de ensino, nos ombros do governo, na família e em todos os setores da sociedade.
Que garantias temos de que a Inclusão terá sucesso? Ou quando estas mudanças ocorrerão na prática? Essas respostas só serão respondidas quando passarmos dos discursos e dos debates para a prática em toda sua plenitude. Conforme Lei nº 9394/96, a qual delega à família, à escola e à sociedade o compromisso para a efetivação de uma proposta de escola para todos. A inclusão social é, portanto, um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de transformações, pequenas e grandes, nos ambiente físicos (espaços interno e externo, equipamentos, aparelho e utensílio, mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as pessoas, portanto do próprio portador de necessidades especiais. O capítulo V - da Educação Especial, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional lança, tanto para a escola como para toda sociedade, um desafio muito grande no que se refere à Inclusão.
Falamos em sociedade, pois a escola está inserida em um contexto social o qual se modifica com o desenvolvimento de sua gente, de sua tecnologia, de sua ciência, envolvidos em uma estrutura globalizada. A inclusão é um movimento com apenas um interesse: construir uma sociedade para todos.
Mesmo sendo muito recente, em relação à linha do tempo da educação, o movimento sobre inclusão, o conhecimento das diferenças que se apresentam em cada criança que será incluída torna-se fundamental neste processo. Este desafio passa também pela compreensão de todos aqueles que entendem a educação como um direito de todos. Não basta incluir o P.N.E. no ambiente escolar; é necessário trabalhar em conjunto com toda sociedade com o desejo de oferecer uma educação capaz de transformar sua realidade. As inovações que ocorrerão daqui para frente diz respeito à escola, ao aluno, à família, ao professor e a todas as pessoas que fazem parte deste processo.
Por isso, muito já se discutiu e muito há o que discutir, pois a sociedade, de certa forma, custa a perceber as mudanças que estão ocorrendo e, mais ainda a processá-las em sua prática social.

Ninguém Nasce Bandido


Ele foi concebido em segundos
No país das oportunidades
Mas se juntou aos esfarrapados do mundo
Nas favelas da cidade

O menino nasceu no lugar errado
Em seu meio não tinha harmonia
Naquele circuito fechado
Não lhe oportunizaram cidadania

Em tenra idade, se firmou como homem
Teve que abandonar infância, família, livros e escola
No início, encontrou solução para a fome
Pedindo esmola.

Quando deixou de ser menino
O moço sentiu medo
E na falta de caminhos
Foi mais uma vítima do desemprego

Nos becos por onde andou
Só viu miséria, pobreza e bandidos
A revolta que lhe feriu a alma
Que lhe destruiu a calma
O condenou a nunca ter amigos

No seu mundo de desilusão
Fingiu-se de cidadão
Chorou e ninguém viu
Acalmou seu coração
E na calçada dormiu

O amor, que ele não conheceu
Costurou, alienou seus pensamentos, seus ideais
E a história que esse moço viveu
Não esquecerei jamais

Desse filme foi protagonista
Na cena da vida real
A sorte foi egoísta
E seu erro foi fatal.

Numa ruela escura
Encontrou a solução para sua caminhada sofrida
Lutou com bravura
No entanto, despediu-se da vida

Para a sociedade traiçoeira
Ele não era gente
Filho de chocadeira
Sem passado, sem identidade
Foi enterrado como indigente
E nem deixou saudades.

A ausência de um verdadeiro amigo
Para lhe dar a mão
Fez sua vida sem sentido
Sem limites e afetividade
Já estava na contramão
Mas ninguém nasce bandido
E tudo uma questão de oportunidades


Coraci Machado Araújo
Professora -Pedagoga/Especialização em Gestão Escolar

REFLETINDO NO SENTIDO ESPIRAL

APRENDENDO A PENSAR
"Prefiro morrer de pé que viver sempre ajoelhado.
Che Guevara
Por que não conseguimos interiorizar na vida cotidiana as belas ações teóricas? Por que ensinar a pensar é tão difícil?
Não será por que também nos recusamos a pensar, a refletir sobre a nossa prática?
Por que falamos tanto em ética, princípios morais e vivemos “derrapando” no dia a dia? Por que admirando nossos ídolos, nossos heróis, nossos militantes sociais e quando se faz necessário não nos posicionamos?
Um exemplo repetitivo disso é a postura política dos profissionais da educação, da chamada “classe pensante”, que tem “cisma” de se posicionar, que por falta de coragem, por covardia, diz ser neutro na política. Mas como entender esta postura, se o que nos comanda - especialmente a classe “pensante”- é a política? Será que essa classe saberá orientar seus comandados. Como já dizia Paulo Freire, em política partidária não há neutralidade, você é, ou não é. E o professor (a) que se presa, freqüenta uma igreja, um sindicato e filia-se a um partido. Não seríamos nós, classe pensante, responsável pela loucura da política atual? Pela grande quantidade de cores partidárias? Pelo esvaziamento das cabeças e, conseqüentemente, pela alienação da sociedade? Será que não somos responsáveis, pela sofrida sociedade, manipulada psicológica e moralmente? Será que não conseguimos ensinar nossos alunos, através das ações cotidianas?
O que é um grupo? É para que o grupo exista é preciso ser forte. É para ser forte é preciso ter: posicionamento, caráter, ética e solidariedade. Será que nesse momento conseguiríamos orientar nossos alunos para compreender a atual discussão partidária, a tão discutida Fidelidade Partidária?
E agora? Fortalecer quem? Qual cor? O que esse fortalecimento representa para economia do nosso país? O que representa esse fortalecimento para o pão nosso na mesa de cada dia, para o emprego, a educação, a saúde, a segurança, o lazer de todos?
Sim, porque ter caráter é pensar em todos. Ser solidário é ter caráter. Assim, pensar:
É tomar partido das causas perdidas
É ter postura, posicionamento político
É ter um caminho para seguir
É ensinar pelo bom exemplo
É compreender que ser humilde não é calar frente à opressão
É notar no corre - corre do dia a dia uma lágrima ou um sorriso.