Gordo o
peru e Lindo o galo, costumavam empoleirar-se na mesma árvore. Certo dia a
raposa os avistou e veio vindo contente, a lamber os beiços com quem diz:
“Temos petisco hoje!”.
Ao
avistá-la o peru leva um susto tão grande que por um triz não cai da árvore. Já
o galo o que fez foi rir, e como sabia que subir na árvore a raposa não sabia,
fechou os olhos e adormeceu.
O peru,
coitado, medroso como era, tremia como vara verde e não tirava os olhos do
amigo.
____O galo
não apanho, mas este peru cai-me logo no papo…- falou consigo mesmo a raposa.
E começou
a fazer caretas medonhas, a dar pinotes, a roncar e trincar os dentes, dando a
impressão duma raposa louca. Pobre peru! Cada vez mais apavorado, não perdia de
vista um só daqueles movimentos. Por fim tonteou, caiu do galho e veio ter aos
dentes da raposa faminta.
____Estúpido
animal! – exclamou o galo acordando. Morreu por excesso de cautelas. Tanta
atenção prestou aos atos da raposa, que lá se foi…
Moral da História: “A prudência manda não atentar demais aos
perigos.”
Lobato, monteiro. Fábulas. São Paulo.
Editora Brasiliense, 1994.
O Peru Medroso
Gordo o
peru e Lindo o galo, costumavam empoleirar-se na mesma árvore. Certo dia a
raposa os avistou e veio vindo contente, a lamber os beiços com quem diz:
“Temos petisco hoje!”.
Ao
avistá-la o peru leva um susto tão grande que por um triz não cai da árvore. Já
o galo o que fez foi rir, e como sabia que subir na árvore a raposa não sabia,
fechou os olhos e adormeceu.
O peru,
coitado, medroso como era, tremia como vara verde e não tirava os olhos do
amigo.
____O galo
não apanho, mas este peru cai-me logo no papo…- falou consigo mesmo a raposa.
E começou
a fazer caretas medonhas, a dar pinotes, a roncar e trincar os dentes, dando a
impressão duma raposa louca. Pobre peru! Cada vez mais apavorado, não perdia de
vista um só daqueles movimentos. Por fim tonteou, caiu do galho e veio ter aos
dentes da raposa faminta.
____Estúpido
animal! – exclamou o galo acordando. Morreu por excesso de cautelas. Tanta
atenção prestou aos atos da raposa, que lá se foi…
Moral da História: “A prudência manda não atentar demais aos
perigos.”
Lobato, monteiro. Fábulas. São Paulo.
Editora Brasiliense, 1994.
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